Corinthians inicia campanha contra violência e disseminação de fake news no futebol

O Corinthians anunciou nesta sexta-feira o início da campanha Futebol Sem Ódio, que visa se posicionar contra a violência no futebol e a disseminação de fake news nas redes sociais. A informação é do portal Gazeta Esportiva.

A primeira ação acontecerá por meio de um “apagão” nas redes sociais do Timão. O clube não irá realizar nenhuma publicação entre as 10 horas (de Brasília) desta sexta e as 10 horas da próxima segunda-feira.

“Não podemos mais permanecer imóveis diante de um contexto que ameaça todos os clubes e jogadores. É preciso que a sociedade reflita sobre qual futebol quer para si, para suas famílias, para o presente e para o futuro”, declarou o presidente do time, Duilio Monteiro Alves.

Recentemente, os jogadores Cássio, Willian, Gil e Paulinho sofreram ameaças feitas por torcedores e tiveram suas famílias expostas por conta do desempenho abaixo do esperado dentro de campo.

Além disso, o volante Edenílson, do Internacional, relatou uma ameaça, feita por um homem armado, e desabafou nas redes sociais. Antes disso, Grêmio e Bahia tiveram seus ônibus apedrejados após resultados ruins.

Outros casos como dos árbitros Rodrigo Crivellaro, agredido durante uma partida, e Igor Benevenuto, ameaçado após apitar um pênalti no clássico entre Atlético-MG e Cruzeiro, repercutiram na mída.

O Corinthians informou que outras medidas serão tomadas pelo clube, a fim de que a imprensa, torcedores e influenciadores engajem no debate por um ambiente mais saudável no esporte.

“Esta medida visa a conscientizar a fiel torcida e a sociedade em geral a respeito do discurso de ódio, tornando o debate do futebol especialmente tóxico e chegando ao extremo do risco físico e trauma psicológico para os profissionais do esporte e suas famílias”, disse a nota.

“Além disso, não deixamos de notar que há quem aproveite o estado de permanente indignação para monetizar a repercussão de fake news, seja nas redes sociais ou em parte da imprensa tradicional, como se viu na semana passada, quando a operação de nosso estádio foi acusada de racismo ao cumprir a lei e barrar dois menores desacompanhados que tentavam entrar para assistir a uma partida apresentando ingressos inválidos”, acrescentou.

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